A DRC (Doença Renal Crônica) é uma doença silenciosa. Os sintomas só aparecem nos estágios mais avançados. Hoje, existem 100 mil brasileiros em tratamento, dependentes de uma máquina para sobreviver e muitos aguardam na fila de espera por um novo rim. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 75% das pessoas que começam a diálise nem sequer sabiam que estavam doentes. No Brasil ainda há falta de diagnóstico e descobrir o problema precocemente pode conter o avanço da doença.
São 10 milhões de pessoas com disfunção renal no Brasil, com crescimento de ao menos 8% ao ano, devido ao envelhecimento da população e ao aumento do grupo de risco.
Quase 90% da fila de espera por um transplante de órgão em todo o país aguarda um rim. Os rins são vítimas de uma série de doenças, hábitos de vida e situações cotidiana, assim como a automedicação, especialmente a de anti-inflamatórios.
Como diagnosticar a Doença Renal Crônica -DRC?
Para detectar se o seu rim está funcionando normalmente, peça para seu médico um exame de urina (com dosagem de albuminúria) e outro de sangue (com dosagem de creatinina). Os testes são simples e vão dizer qual é a taxa da sua função renal. Se estiver tudo bem, eles devem ser repetidos periodicamente, a critério do médico. Só esses dois exames já podem antecipar em até 20 anos uma doença renal em seu estágio terminal.
Quem corre riscos?
Diabéticos, hipertensos, obesos, idosos, fumantes, sedentários e aqueles com histórico de doença renal na família são os que mais têm risco de desenvolver a DRC (Doença Renal Crônica).
Doença Renal Crônica e suas Complicações
Pessoas com DRC (Doença Renal Crônica) têm elevado risco cardiovascular, que pode levar a doença coronariana, a ataques cardíacos e AVC´s (Acidentes Vasculares Cerebrais). São vários os fatores de risco para isso, tanto os tradicionais (hipertensão, diabetes, dislipidemias) como os próprios relacionados à DRC, associados à síndrome da uremia, como a anemia, distúrbios do metabolismo mineral e ósseo, inflamação crônica, desnutrição, aumento do estresse oxidativo.
Outro fator também relevante é que na doença renal crônica, o controle adequado do sódio e água corporal pelos rins está prejudicado, provocando muitas vezes o aparecimento de inchaços. Esta retenção de sódio e água pode levar também ao aumento do peso corporal, à hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e até acúmulo de líquido nos pulmões. O controle da ingesta do sódio e água pelos renais crônicos é um ponto fundamental do tratamento.
Bem como, coceira na pele pode ser um sinal da doença renal crônica e acontece na maioria dos pacientes com DRC em estágios avançados. São várias as causas, como excesso de fósforo, cálcio, histamina ou outras toxinas urêmicas. Para amenizar o problema, é essencial usar sabonetes próprios, evitar banhos muito quentes e aplicar uma boa camada de creme hidratante, além, é claro, de uma boa diálise e adoção de uma dieta adequada. Também podem ocorrer ressecamento e descamação da pele, hiperpigmentação, calcificações, equimoses, pápulas e até perfurações. Fiquem atentos e se cuidem. Conversem sempre com seu nefrologista e, dependendo do caso, também com o dermatologista.
Quais são os cuidados básicos para prevenir DRC?
Alguns cuidados básicos são de extrema importância para os seus rins e especialmente para a sua saúde como um todo:
- controlar a pressão arterial;
- medir sempre o diabetes;
- fazer atividade física regularmente;
- manter o peso adequado;
- ter uma alimentação saudável;
- beber bastante água;
- não fumar;
- só usar remédios com orientação médica.